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Foto: Reprodução/Flickr Ministério da Saúde

O Ministério da Saúde deixou vencer um estoque de medicamentos, vacinas e outros itens que são avaliados em mais de R$ 240 milhões. Os lotes, que se encontram no cemitério de insumos do SUS, em Guarulhos (SP), serão incinerados. Os dados são do jornal Folha de S. Paulo, que teve acesso a uma tabela da pasta.

São 3,7 milhões de itens que começaram a vencer há mais de três anos, a maioria durante a gestão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

A lista de produtos vencidos inclui, por exemplo, 820 mil canetas de insulina, suficientes para 235 mil pacientes com diabetes durante um mês, no valor de R$ 10 milhões.

No levantamento também consta a perda de frascos para aplicação de 12 milhões de vacinas para gripe, BCG, hepatite B (quase 6 milhões de doses), varicela, entre outras doenças, no momento em que despencam as taxas de cobertura vacinal no Brasil. Só esse lote é avaliado em R$ 50 milhões.

Os produtos vencidos também seriam destinados a pacientes do SUS com hepatite C, câncer, Parkinson, Alzheimer, tuberculose, doenças raras, esquizofrenia, artrite reumatoide, transplantados e problemas renais, entre outras situações.

Também foram perdidos cerca de 2 milhões de exames RT-PCR para a Covid-19, avaliados em mais de R$ 77 milhões.

O Ministério da Saúde também guarda cerca de R$ 345 mil em produtos perdidos dos programas de DST/Aids, principalmente testes de diagnóstico, além de R$ 620 mil em insumos para prevenção da malária.

Dados internos do governo mostram que devem ser incinerados mais de R$ 32 milhões em medicamentos comprados por ordem da Justiça. A maior parte desses fármacos é de alto custo e para tratamento de pacientes de doenças raras.

No meio desse estoque, há um frasco-ampola de nusinersena, avaliado em R$ 160 mil, e 908 frascos de eculizumab, que custaram R$ 11,8 milhões. São medicamentos usados em dois dos tratamentos mais caros existentes.

Fonte: Uol Notícias

Foto: Shutterstock

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou que o Brasil começará a aplicar a terceira dose da vacina contra a Covid-19 em idosos, entre 70 e 80 anos, e em imunossuprimidos a partir do dia 15 de setembro. O imunizante de reforço será o da Pfizer, conforme informações do jornal Folha de S. Paulo.

Pessoas que possuem o sistema imunológico enfraquecido — como portadoras do HIV, indivíduos transplantados, pacientes oncológicos que realizaram tratamento quimioterápico ou radioterápico nos últimos seis meses —, e já receberam a segunda dose da vacina há 21 dias, poderão tomar o reforço a partir do mês que vem.

Os cidadãos entre 70 e 80 anos, que concluíram as duas espatas de imunização há mais de seis meses, também recebem a terceira dose em setembro.

"Nos reunimos ontem com a Opas [Organização Pan-Americana de Saúde] e com o comitê técnico que assessora a imunização e tomamos a decisão", disse o ministro à Folha de S. Paulo.

Segundo o gestor, o dia 15 de setembro foi escolhido, pois, até a data, toda a população acima de 18 anos do Brasil já deve ter sido vacina com pelo menos uma dose do fármaco contra a doença.

Queiroga ainda revelou ao jornal que, na mesma data, começa a redução do intervalo de aplicação da primeira e segunda dose dos imunizantes da Pfizer e da AstraZeneca, que passa de 12 para oito semanas, como já acontece em países como o Reino Unido.

O ministro explicou que as medidas têm o objetivo de prevenir o agravamento da pandemia no Brasil, que pode ser provocado pela variante Delta.

Estudos apontam que a cepa, encontrada primeiro na Índia, é mais transmissível que a versão original e que apenas uma dose das vacinas não consegue evitar as infecções causadas pela mutação. No entanto, a partir da segunda dose a eficácia contra ela aumenta.

Ainda conforme o jornal, a decisão sobre aplicação de dose de reforço na totalidade da população só será tomada depois da conclusão de um estudo que o Ministério da Saúde está fazendo em parceria com universidades.

Fonte: Diário do Nordeste

Foto: Abbas Momani/AFP

O imunizante da Pfizer/BioNTech é mais eficaz contra os casos vinculados à variante Delta do coronavírus que o desenvolvido por Oxford/AstraZeneca. No entanto, sua eficácia desaparece mais rapidamente. A informação consta em um estudo da Universidade de Oxford, que examinou amostras de quase 700 mil pessoas entre dezembro de 2020 e agosto deste ano.

Conforme a análise, para as infecções com carga viral elevada, uma pessoa que recebeu a segunda dose da Pfizer um mês antes estava 90% mais protegida contra a variante delta do que uma pessoa não vacinada. O percentual cai para 85% dois meses depois, e 78%, três meses depois.

Paralelamente, as pessoas que receberam as duas doses da AstraZeneca estão protegidas em 67% um mês depois; 65%, dois meses depois; e 61%, três meses depois.

Após quatro ou cinco meses, o nível de proteção oferecido pelas duas vacinas é similar, segundo o estudo, que ainda não passou por uma revisão.

'RETROCESSO'

O doutor Koen Pouwels avalia que estes dados "representam um retrocesso" da eficácia da vacina da Pfizer, enquanto que, para o imunizante da AstraZeneca, "as diferenças (entre um mês e outro) são mínimas, ou seja, pode não existir nenhuma mudança na proteção".

Ele insistiu em que, "apesar da leve queda do nível de proteção, a eficácia global (das duas vacinas) continua sendo muito elevada".

O estudo coincide com a notícia de que vários países, entre eles o Reino Unido, pretendem iniciar uma campanha para aplicar uma terceira dose de reforço da vacina contra a covid-19.

Fonte: Diário do Nordeste

Foto: Marcello Casal Jr/ Agência Brasil

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) vetou, na noite desta segunda-feira (26), projeto de lei que prevê que planos de saúde privados sejam obrigados a fornecer cobertura para tratamentos domiciliares de uso oral contra o câncer. O projeto previa, inclusive, o fornecimento de medicamentos para o controle dos efeitos adversos relacionados ao tratamento.

O Governo Federal argumentou que a medida, caso entrasse em vigor, causaria impacto financeiro ao mercado de planos - e isso resultaria em aumento nos valores pagos pelos segurados.

O QUE DIZIA O PROJETO DE LEI

A proposta, de autoria do senador Reguffe (Podemos-DF), foi aprovada pelo Congresso no primeiro dia do mês de julho. O texto aprovado por ampla maioria dos votos, tanto no Senado como na Câmara dos Deputados, altera a Lei dos Planos de Saúde e torna obrigatória a cobertura de quimioterapia domiciliar de uso oral e de medicamentos que controlem seus efeitos colaterais.

As condições são que haja prescrição médica e que os remédios usados tenham registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), com uso aprovado para essa finalidade.

Estariam incluídos tratamentos antineoplásicos (medicamentos utilizados para destruir neoplasmas ou células malignas) ambulatoriais e domiciliares de uso oral, procedimentos radioterápicos para tratamento de câncer e hemoterapia. Passariam a ter cobertura, igualmente, medicamentos para controle de efeitos adversos e medicamentos adjuvantes à quimioterapia oncológica.

O fornecimento dos medicamentos seria feito por rede própria dos planos de saúde, credenciadas, contratadas ou referenciadas. Pelo projeto de lei, ainda estaria previsto prazo de 48 horas para que a medicação fosse entregue, com o fornecimento podendo ocorrer de maneira fracionada por ciclo. Seria também preciso comprovar que o paciente ou seu representante legal recebeu as orientações sobre a administração do medicamento.

No fim de semana, o autor da proposta escreveu em suas redes sociais que esteve com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para pedir apoio para a sanção do projeto.

"Estive hoje no Ministério da Saúde para pedir o apoio do ministro à sanção do PL [projeto de lei] da quimio oral, de minha autoria, que vai ajudar milhares de pacientes com câncer", escreveu o senador Reguffe.

O QUE O GOVERNO FEDERAL DIZ

Ao justificar o veto, o Governo argumenta que a inclusão de medicamentos de forma automática, sem uma devida avaliação da Agência Nacional de Saúde (ANS) para a incorporação de medicamentos no rol de procedimentos e eventos em saúde, iria contrariar o interesse público.

Isso porque deixaria de levar em conta "aspectos como a previsibilidade, transparência e segurança jurídica aos atores do mercado e toda a sociedade civil, de forma a comprometer a sustentabilidade do mercado", afirma nota divulgada pela Secretaria de Comunicação da Presidência.

O texto também afirma que poderiam ser criadas "discrepâncias no tratamento das tecnologias e, consequentemente, no acesso dos beneficiários ao tratamento das tecnologias e, consequentemente, no acesso dos beneficiários ao tratamento de que necessitam, privilegiando os pacientes acometidos por doenças oncológicas que requeiram a utilização de antineoplásicos orais", completa.

O Governo também afirma ter sido necessário vetar integralmente o projeto porque a obrigatoriedade de cobertura do antineoplásico em 48 horas após a prescrição médica também poderia criar "substancial iniquidade" de acesso a novas tecnologias para beneficiários dos planos de saúde. Isso porque permitiria que uma determinada tecnologia ou medicamento pudesse ser incorporada para compor o rol de coberturas obrigatórias, sem a aprovação da ANS.

"Por fim, ao considerar o alto custo dos antineoplásicos orais e a imprevisibilidade da aprovação e concessão dos registros pela Anvisa, existiria o risco do comprometimento da sustentabilidade do mercado de planos privados de assistência à saúde, o qual teria como consequência o inevitável repasse desses custos adicionais aos consumidores, de modo a encarecer, ainda mais, os planos de saúde, além de trazer riscos à manutenção da cobertura privada aos atuais beneficiários, particularmente os mais pobres", afirma a nota.

Fonte: Diário do Nordeste e Folha Press

Foto: Thiago Gadelha

As vacinas da Pfizer/BioNTech e da AstraZeneca possuem eficácia de cerca de 30,7% contra a variante Delta do coronavírus na 1ª dose, segundo afirmou estudo da Universidade de Oxford e do Imperial College London, publicado na última quarta-feira (21).  Com as duas doses, a eficácia aumenta quase três vezes mais.

A intenção seria reforçar a importância da aplicação da segunda dose, conforme apontam os pesquisadores. Com a AstraZeneca, por exemplo, a eficiência da vacina chega a 67%, com resultados variando entre 61,3% a 71,8%. Enquanto isso, no caso da Pfizer/BioNTech, o índice de proteção pode chegar a 88%, variando entre 85,3% até 90,1%.

COMPARAÇÃO ENTRE VARIANTES

Como o estudo foi realizado no Reino Unido, a variante alfa também foi considerada. Os dados mostram que a 1ª dose de ambas as vacinas possuem eficácia de 48,7% contra a variante em questão.

Já com as duas doses aplicadas, a eficácia é de uma média de 93,7% para a Pfizer e de 74,5% para a AstraZeneca.

"Esta descoberta pode apoiar os esforços para maximizar a aplicação das duas doses das vacinas em populações vulneráveis", diz o artigo publicado na revista científica britânica "The New England Journal of Medicine".

VARIANTE DELTA

A variante delta, que foi observada inicialmente na Índia, possui um potencial de contágio cerca de 60% maior que a alfa. Em países como os EUA e Israel, além de continentes como a Europa, ela já causou aumentos nos números de infecções.

No Brasil, mais de uma centena de casos de Covid-19 causadas pela variante Delta já foram registradas. O estimado é que os casos de transmissão comunitária já estejam ocorrendo em solo brasileiro.

Fonte: Diário do Nordeste

O Estado do Ceará é o segundo do Nordeste a mais aplicar a primeira dose da vacina contra o coronavírus em sua população. De acordo com dados divulgados pela Fundação Osvaldo Cruz, os cearenses só são menos imunizados na região do que os maranhenses.

Os números constam na nova edição do boletim do Observatório Covid-19 da Fiocruz. Segundo o documento, o Ceará aplicou a primeira dose da vacina em 49,04% de sua população, enquanto o Maranhão o fez em 49,75% dos seus habitantes.

Com relação à segunda dose, o Ceará, porém, está mais avançado do que o Maranhão; são 17,53% frente a 13,82%. Contudo, no Nordeste, o estado perde para a Bahia (17,88%) e a Paraíba (17,60%).

Veja a lista de estados do nordeste e a proporção da população vacinada com a 1ª dose:

1. Maranhão (49,75%)

2. Ceará (49,04%)

3. Sergipe (47,30%)

4. Bahia (45,84%)

5. Rio Grande do Norte (45,81%)

6. Pernambuco (45,33%)

7. Piauí (44,18%)

8. Alagoas (44,03%

9. Paraíba (43,66%)

A Fiocruz lança boletim semanal com a análise sobre ocupação de leitos, incidência de casos e mortalidade pela doença. Nesta edição, a fundação afirma que a queda nesses indicadores "vem configurando um cenário que pode ser resultado do avanço da campanha de vacinação".

"As vacinas são efetivas na prevenção de casos graves e estão cumprindo bem esse papel. Deste modo, é importante reforçar aspectos fundamentais para o sucesso do Plano Nacional de Imunização, que envolvem a necessidade de melhor coordenação, planejamento, informação e estratégias mais adequadas de comunicação para a população", escreveu a entidade na publicação.

Fonte: G1 CE

Foto: Femama

Segundo a mastologista Maira Calfelli, presidente voluntária da Femama, a recomendação é de que o médico seja avisado da vacina quando os exames de rastreamento de câncer de mama forem conduzidos.

Ela relatou à Agência Brasil que, nas últimas semanas, radiologistas têm relatado presença de linfonodos, também chamados de gânglios ou ínguas, em diversas pacientes. Além disso, ela diz ter recebido muitos casos para investigar.

"Coisa que não é necessário, desde que a gente constate que ela teve vacina naquele braço, ou até no braço contralateral, nos últimos 15 ou 30 dias", explicou.

Maira Calfelli conta que o normal, após esse período, é que esses linfonodos regridam.  "A gente está pedindo que elas não deixem de fazer os exames. Mas se  tomou a vacina de Covid-19, aguarde de duas a quatro semanas"

CÂNCER DE MAMA

Além disso, a presidente também esclareceu que a vacina contra o coronavírus não provoca câncer. A alteração nos gânglios, então, seria algo comum como reação do corpo aos imunizantes.

Para as mulheres que precisam fazer exame de rastreamento, seja por investigação de nódulo ou caroço suspeito, a recomendação segue a mesma.

"O médico já fica alerta. Essa parte é muito importante", confirma a especialista.

Fonte: Diário do Nordeste

REPRODUÇÃO/BHARAT BIOTECH

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu, nesta terça-feira (29), um pedido de uso emergencial da vacina contra a Covid-19 Covaxin. A solicitação foi feita pela empresa Precisa Comercialização de Medicamentos.

No início do mês, a agência havia autorizado a importação excepcional de doses da vacina, mas não seu uso emergencial.

A compra da Covaxin pelo governo brasileiro está sob investigação na CPI da Covid.

Prazo ainda não está determinado

A Anvisa terá 7 ou 30 dias para julgar o pedido de uso emergencial, mas esse prazo ainda não está determinado. Segundo a agência, as primeiras 24 horas após o recebimento do pedido serão utilizadas para fazer uma triagem do processo e verificar se os documentos necessários para avaliação estão disponíveis.

Se houver informações importantes faltando, a Anvisa pode solicitar as informações adicionais ao laboratório. Só depois disso é que será determinado o prazo para a agência julgar o pedido; essas primeiras 24 horas não são contabilizadas nem no prazo de 7, nem no de 30 dias para avaliação.

Pela norma, o prazo de avaliação é de 7 dias quando houver desenvolvimento clínico da vacina no Brasil ou quando o relatório ou parecer técnico emitido pela autoridade sanitária estrangeira for capaz de comprovar que a vacina atende aos padrões de qualidade, de eficácia e de segurança estabelecidos pela Organização Mundial de Saúde (OMS) ou pelo Conselho Internacional para Harmonização de Requisitos Técnicos para Registro de Medicamentos de Uso Humano (ICH, na sigla em inglês) e pelo Esquema de Cooperação em Inspeção Farmacêutica (PIC/S, na sigla em inglês).

A Covaxin não está entre as 6 vacinas com uso emergencial aprovado pela OMS.

O prazo de julgamento do pedido é de 30 dias quando não há desenvolvimento clínico da vacina no Brasil ou quando o relatório ou parecer técnico emitido pela autoridade sanitária estrangeira não for capaz de comprovar que vacina atende aos padrões de qualidade, de eficácia e de segurança estabelecidos pela OMS ou pelo ICH e pelo PIC/S.

Fonte: G1

Foto: AFP

O Brasil vai receber três milhões de doses da vacina contra Covid-19 da Janssen, farmacêutica da Johnson & Johnson, neste mês de junho. Informações foram dadas pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em entrevista ao programa CB.Poder, nesta sexta-feira, 4. A vacina é a única disponível que imuniza completamente com apenas uma dose e deve começar a ser aplicada no País já nas próximas semanas.

Em março deste ano, o Ministério da Saúde (MS) fechou um contrato com a empresa para o envio de 38 milhões de doses da vacina ao Brasil, mas elas só chegariam entre julho e setembro. Durante entrevista nesta sexta, segundo jornal Correio Braziliense, o ministro não explicou se realizou um novo acordo com a farmacêutica ou se a data de entrega das remessas firmada anteriormente foi adiantada.

Marcelo Queiroga ainda informou na ocasião que recebeu do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) a função de "acelerar a campanha de imunização" contra a doença pandêmica, que começou em janeiro deste ano no Brasil. Por esse motivo, a pasta de saúde tem atuado em busca de "antecipar" a entrega de doses já negociadas pelo País com farmacêuticas.

O Povo

Foto: Reuters/Dado Ruvic

A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a importação excepcional e o uso controlado da vacina Sputnik V pelos estados brasileiros, dentre estes o Ceará. A decisão tomada na noite desta sexta-feira (4), durante a 9ª Reunião Extraordinária Pública de 2021 do órgão federal, permite ao Estado dar um importante passo para vencer a luta contra a pandemia da Covid-19. O Governo do Ceará se planejou e, em março deste ano, antecipou a negociação de mais de 5,5 milhões de doses do imunizante com o Fundo Soberano Russo.

Nas redes sociais, o governador Camilo Santana comemorou a decisão da Anvisa e a classificou como um “avanço para que tenhamos mais vacinas”. O chefe do Executivo estadual destacou que a Sputnik é aplicada em 66 países e eficácia de 91%.

A aprovação da Anvisa é para a importação emergencial e uso controlado da vacina russa Sputnik V. Dessa forma, as doses chegarão ao Ceará para aplicação observada em adultos saudáveis e acompanhamento ativo de eventos adversos. O Governo aguarda confirmação oficial por parte da Anvisa de detalhes da operação. Após esta etapa, a efetivação da importação também depende do protocolo legal do Ministério da Saúde, que pode optar por liberar o total das mais de 5,5 milhões de doses para uso no Ceará ou comprar as doses do Estado e distribuir nacionalmente.

Condicionantes

O termo de importação excepcional havia sido negado em 26 de abril pela Anvisa. Após novas documentações apresentadas pelo Instituto Gamaleya (fabricante) e considerando o cenário de poucas doses de imunizantes disponíveis, a permanência de cenário grave da pandemia de Covid-19 no País, com possibilidade de uma terceira onda, a Agência decidiu que os benefícios podem superar os riscos com a liberação da Sputinik.

Uma série de condicionantes e responsabilidades na distribuição, armazenamento, manuseio e aplicação das doses deve ser atribuída aos importadores (estados). Num primeiro momento, fica autorizada a importação de doses suficientes para uso em somente 1% da população. Na mesma reunião, também foi autorizada a importação da vacina Covaxin (da Índia).

Governo do Estado

Foto: BERTRAND GUAY/AFP

Pessoas que já tiveram Covid-19 devem tomar apenas uma dose das vacinas de mRNA — Pfizer ou Moderna. Esta é a recomendação de uma carta de cientistas publicada no periódico científico EBioMedicine, do grupo da prestigiada Lancet. As informações são do jornal O Globo.

Pesquisadores da Universidade de Maryland, Escola de Medicina da Universidade de Nova York, Icahn Escola de Medicina Monte Sinai, Universidade Queen Mary, no Reino Unido; e Universidade Humanitas, na Itália; assinaram a carta aberta.

Segundo a publicação, estudos revelaram que pessoas infectadas pelo Sars-CoV-2 desenvolveram anticorpos neutralizantes capazes de protegê-las da doença.

Dessa forma, a primeira dose da vacina já serviria como um reforço, de forma similar à segunda dose dada para quem não foi infectado. Isso valeria para quem teve Covid-19 sintomática ou assintomática entre um e seis meses.

Cientistas que participaram dos estudos afirmam que a opção de dar apenas uma dose para quem já foi infectado é mais segura do que adiar a segunda dose, como muitos países vêm fazendo.

RESPOSTA MAIOR DE ANTICORPOS

Segundo os pesquisadores, evidências sugerem que as respostas de anticorpos à primeira dose de vacina em indivíduos com infecção prévia são iguais ou até excedem os anticorpos encontrados em indivíduos que ainda não tiveram contato com o vírus após a segunda dose.

A mudança na recomendação atual da vacina para fornecer apenas uma dose da vacina aos sobreviventes da Covid-19, consideram eles, liberaria muitas doses necessárias com urgência, acelerando o processo.

Apesar de considerar um posicionamento interessante, o infectologista Alexandre Naime Barbosa, chefe do Departamento de Infectologia da Universidade Estadual Paulista (Unesp), acredita haver obstáculos para colocar a estratégia em prática no Brasil.

Entre eles, a efetividade ainda não comprovada da metodologia e se servirá com as variantes do coronavírus. Os testes só consideraram a variante britânica.

Diário do Nordeste

Foto: Camila Lima

O Ministério da Saúde autorizou o início da vacinação contra a Covid-19 para adultos, de 18 a 59 anos, de grupos não prioritários no Brasil e delimitou a ordem de prioridade para imunização de trabalhadores da Educação. As definições foram divulgadas em nota técnica nesta sexta (28).

Segundo informações agora inclusas no Plano Nacional de Imunização, professores de creches e pré-escolas serão os primeiros da fila para aplicação de doses da vacina. E os da educação superior serão os últimos na escala de prioridade.

Segundo confirmação da assessoria do Ministério da Saúde ao portal G1, não só os professores devem ser vacinados. Responsáveis pela limpeza, portaria ou manutenção, por exemplo, também se enquadram nos requisitos para recebimento de vacina.

POPULAÇÃO GERAL

A nota técnica do Ministério libera, ainda, a vacinação de pessoas fora dos grupos prioritários com idade entre 18 e 59 anos, com a aplicação seguindo ordem decrescente de idade em todo o Brasil.

A atualização significa que a imunização dos grupos não prioritários em solo brasileiro ocorrerá simultaneamente à vacinação dos prioritários após os professores.

Até o momento, os profissionais da Educação estão no 18º e 19º grupos prioritários da imunização. A informação é a mais recente no Plano Nacional de Operacionalização (PNO) da vacinação contra a Covid-19.

Ainda conforme a nota, a vacinação de trabalhadores da Educação e da população geral pode ser antecipada porque diversos estados e municípios têm relatado pouca demanda em alguns grupos prioritários do plano.

ORDEM DE VACINAÇÃO NA EDUCAÇÃO

A nota do Ministério justifica a ordem estipulada entre os profissionais da Educação. "As creches e escolas contribuem não apenas para a educação, mas também para a segurança alimentar das crianças, cumprindo ainda outras atribuições sociais importantes", diz a pasta.

CONFIRA A ORDEM DE VACINAÇÃO DOS PROFESSORES CONTRA A COVID-19:

Creches

Pré-escolas

Ensino fundamental

Ensino médio

Ensino profissionalizante

Educação de jovens e adultos (EJA)

Ensino superior

SEQUÊNCIA DA VACINAÇÃO

Enquanto isso, as doses continuarão sendo enviadas pelo Ministério seguindo as atribuições concedidas no PNO. Como a inoculação de doses já está ocorrendo, as prioridades seguem ativas.

Confira a ordem:

pessoas com comorbidades, além de gestantes e puérperas (grupo 14);

pessoas com deficiência permanente (18 a 59 anos) sem cadastro no BPC (grupo 15);

pessoas em situação de rua (18 a 59 anos, grupo 16);

funcionários do sistema de privação de liberdade e população privada de liberdade (grupo 17).

Pessoas de 18 a 59 anos estarão aptas ao recebimento de imunizantes em paralelo aos grupos prioritários, que também devem seguir em atendimento. São eles:

grupo 20: forças de segurança e salvamento e Forças Armadas;

grupo 21: trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros

grupo 22: trabalhadores de transporte metroviário e ferroviário

grupo 23: profissionais de transporte aéreo

grupo 24: profissionais de transporte aquaviário

grupo 25: caminhoneiros

grupo 26: trabalhadores portuários

grupo 27: trabalhadores industriais

grupo 28: trabalhadores da limpeza urbana e manejo de resíduos sólidos

ESCOLHA COM AUTONOMIA

A nota do Ministério ressalta que estados e municípios continuam com autonomia para seguir a estratégia de vacinação.

"A estratégia organizacional das ações de vacinação é de responsabilidade das três esferas de gestão do SUS", diz o documento. Exatamente por isso outras cidades do País, como Salvador e Aracaju, por exemplo, já iniciaram a vacinação por idade. E o Rio de Janeiro anunciou que começa na segunda-feira (31) a vacinar pessoas a partir de 59 anos.

Diário do Nordeste

Foto: Divulgação

Mesmo diante das investigações sobre as propostas para a compra de vacinas que foram ignoradas e as dificuldades para manter a produção de doses no Brasil, representantes do Governo Federal afirmaram na Organização Mundial da Saúde (OMS), nesta terça-feira, 25, que o País está "pronto" para fornecer vacinas aos países mais pobres.

O discurso dos representantes do Itamaraty ocorreu no segundo dia da Assembleia Mundial da Saúde, encontro que determina as estratégias de combate ao vírus. As informações são de Jamil Chade, colunista do UOL. "O Brasil está pronto para contribuir aos esforços globais contra a Covid-19, por meio do fornecimento de doses de vacinas produzidas localmente", disse a delegação brasileira.

Não houve menção sobre quando isso poderia ocorrer e nem como, mas a coluna informou que o caminho avaliado seria por meio da Covax. O Covax é um instrumento criado pela OMS para distribuir vacinas aos países mais pobres.

Na semana passada, tanto a Fiocruz como o Instituto Butantan ficaram sem insumos para produzir vacinas, também não há vacina nacional autorizada. "Hoje, nossa maior esperança para permitir o retorno gradual e seguro à normalidade é a ampla vacinação. Até o momento, o SUS já distribuiu mais de 90 milhões de doses de vacinas e vacinou mais de 55 milhões de pessoas, dentre as quais mais de 80% de indígenas", disse o ministro Marcelo Queiroga.

Conforme o balanço do consórcio de veículos de imprensa, são 41,9 milhões de brasileiros que receberam pelo menos uma dose de imunizante. Até o momento, 20,6 milhões de pessoas foram beneficiadas por duas doses. Ainda de acordo com o colunista, A OMS fez um apelo em março e em abril, em diferentes reuniões com ministros brasileiros, para que o Brasil volte a assumir sua "liderança histórica" em saúde.

O Povo


Foto: Cadu Rolim

Houve redução na previsão de recebimento de matéria-prima da Coronavac, segundo o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas. A declaração foi dada na manhã desta quinta-feira, 6, no que o diretor atribuiu o problema à "falta de alinhamento" do governo federal. O insumo vem da China, alvo de críticas de integrantes do governo Bolsonaro e principal fornecedor de matéria-prima para produção tanto da CoronaVac quanto da vacina de Oxford. As informações são do portal G1.

Segundo o Instituto, foram solicitados 6 mil litros do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) para produção de cerca de 10 milhões de doses. Metade desse montante, entretanto, corresponde ao lote que deveria ter sido enviado em abril. Ainda na coletiva de hoje, Dimas informou que nos próximos dias chegarão apenas 2 mil litros do insumo.

As declarações do presidente, constantes críticas à China, foram repudiadas pelo governador João Dória. "Isso causa profundo mal-estar na chancelaria chinesa e quero registrar como governador de São Paulo meu protesto com essas manifestações agressivas e desnecessárias ao governo da China, à produção das vacinas e a colocações que não contribuem à normalidade da entrega de IFA para vacinas. Tenho certeza que isso tem influência nos insumos da AstraZeneca", disse.

Dimas reforçou que ainda há a possibilidade de faltarem insumos para produção da CoronaVac no País. "E aí nós temos que debitar isso principalmente ao nosso governo federal que tem remado contra. Essa é a grande conclusão".

No Ceará, 45 municípios estão com a segunda dose da vacina CoronaVac em falta. A informação foi divulgada pela Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) nesta quinta-feira, 6. Fortaleza, Sobral, Quixadá, Horizonte, Canindé e Crato estão na lista.

Na Capital, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) divulgou na última semana que mais de 38 mil pessoas estavam com a segunda dose da CoronaVac em atraso. No domingo, Fortaleza recebeu mais de 4 mil doses e está aplicando a remessa seguindo critérios de prioridade: maior intervalo de tempo desde a primeira dose e maior idade.

Críticas de Bolsonaro à vacina chinesa

Bolsonaro (sem partido) já reafirmou que não compraria a CoronaVac, imunizante contra a Covid-19 produzido pela empresa chinesa Sinovac Biotech. Ele também afirmou que não seria obrigado a fazer uso do imunizante.

Fonte: O Povo


Cardiopatas serão os primeiros a receber a 1ª dose da vacina da Pfizer/BioNTech na 3ª fase da Campanha Nacional de Vacinação Contra a Covid-19 no Ceará. — Foto: Raiane Miranda

Os cardiopatas serão os primeiros da lista de prioridades para receber a 1ª dose de vacinação na 3ª fase da Campanha Nacional de Vacinação Contra a Covid-19. Segundo a Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa), a fase será dividida em duas etapas seguindo a ordem por comorbidade definida em reunião da Comissão Intergestores Bipartite (CIB) do Estado, nesta segunda-feira (3).

As doses da Pfizer vão ser aplicadas exclusivamente em Fortaleza devido às recomendações especiais de transporte e armazenamento e começam a ser usadas no Ceará nesta fase.

Serão duas doses, com intervalo de 12 semanas entre a primeira e a segunda, conforme orientação do Ministério da Saúde.

No grupo da 3ª fase estão incluídas grávidas, puérperas, pessoas com deficiência permanente e com comorbidades, que deverão apresentar atestado, prescrição ou relatório médico especificando a indicação da vacina pelo médico.

Conforme a Sesa, esta semana o Ceará poderá seguir para o terceiro momento de vacinação contra a Covid-19, porém, para isso ocorrer, é necessária a finalização da vacinação dos grupos prioritários definidos nas fases anteriores.

Na ordem de prioridade de comorbidades para receber a vacina da Pfizer, segundo a Sesa, estão: cardiopatia (Prioridade 1), diabetes (Prioridade 2), obesidade com IMC acima de 40 (Prioridade 3), doença neurológica (Prioridade 4), pneumopatias (Prioridade 5), doença renal crônica (Prioridade 6) e imunodeficiência (Prioridade 7).

Etapas da 3ª fase

A Sesa explica que as pessoas da 3ª fase da vacinação no Estado serão divididas em duas etapas para receber o imunizante:

Fase A:

        Gestantes e puerpérias com comorbidades, independente da idade (18 a 59 anos);

        Pessoas com Síndrome de Down, independente da idade, independente da idade (18 a 59 anos);

        Pessoas com doença renal crônica em terapia de substituição renal (diálise), independente da idade (18 a 59 anos);

        Pessoas com comorbidades ou deficiência permanente de 55 a 59 anos (cadastradas no Programa de Benefício de Prestação Continuada (PBC) ou no Censo da Pessoa com Deficiência do Estado do Ceará ou no Saúde Digital Vacinação.

Fase B

        Gestantes ou puerpérias independente de condições pré-existentes;

        Pessoas com comorbidade e/ou deficiência permanente de 18 a 54 anos (em ordem decrescente).

Caso apresente sintomas gripais ou de Covid-19, a pasta reforça que o paciente aguarde 28 dias após o desaparecimento das manifestações antes da imunização. A Sesa orienta, ainda, que o cidadão não deixe de se vacinar caso haja atraso no envio das segundas doses, por parte do Ministério da Saúde, nem que reinicie o esquema vacinal.

Chegada das vacinas

O primeiro lote de vacinas da Pfizer/BioNTech que chegou ao Ceará nesta segunda-feira (3), com 17.555 doses. Além disso, o estado recebeu ainda, também nesta segunda, as 255.750 doses do imunizante da Oxford/AstraZeneca que tinha previsão de chegar no fim de semana.

A última remessas que chegou ao aeroporto da Capital foi neste sábado, 11,6 mil doses de CoronaVac.

Armazenamento das vacinas Pfizer

O refrigerador que será usado para armazenar as doses do novo imunizante está disponível na Central Estadual de Armazenamento e Distribuição de Imunobiológicos (Ceadim) da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa).

G1 CE


Vacina contra a Covid-19 Sputnik V foi desenvolvida pelo Instituto Gamaleya, da Rússia. - Foto: Shutterstock

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decide nesta segunda-feira (26) se autoriza o Ceará e outros estados a importar a vacina russa Sputnik V, contra a Covid-19.

Os pedidos de importação foram realizados pelo Ceará e pelos estados do Acre, Bahia, Mato Grosso, Maranhão, Rio Grande do Norte, Piauí, Sergipe e Pernambuco, no início de abril.

Na semana passada, o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou que os estados importem e distribuam as doses, caso a Anvisa não oficialize resposta até o fim de mês - 30 dias após a formalização do pedido à Anvisa de cada estado. No caso do Ceará, o prazo é 29 de abril.

A decisão do ministro ocorreu após os governos do Ceará, Maranhão, Piauí e Amapá entrarem com ação no Supremo para pedir a liberação da importação.

A reunião extraordinária da Diretoria Colegiada da agência está marcada para 18h. "A data da reunião foi marcada em razão do prazo de 30 dias definido por lei, e confirmado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), para que a Anvisa avalie os pedidos de importação de vacinas para Covid sem registro", disse o comunicado da agência.

O Ceará assinou contrato para a compra direta de 5,87 milhões de doses da Sputnik V. A negociação faz parte do acordo feito pelo Consórcio Nordeste, grupo formado pelos nove estados da região, que fechou, em 12 de março, compra de 39 milhões de doses da Sputnik V, que é feita pelo Instituto Gamaleya, da Rússia.

A Assembleia Legislativa do Ceará aprovou, em 16 de março, o projeto de lei que autoriza a compra do imunizante. A negociação direta por estados e municípios foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal, em caso de descumprimento do Plano Nacional de Imunização (PNI) e também está prevista em lei sancionada.

Ao anunciar que entraria com ação no STF, o governador Camilo Santana ressaltou que a Sputnik já é utilizada em cerca de 60 países e tem eficácia de 91,6%. "Iremos a todas as instâncias possíveis para que as vacinas que adquirimos cheguem o mais rápido possível para imunizar nossa população", afirmou o governador, em 12 de abril.

SPUTNIK V

A vacina também não tem autorização para ser aplicada no país. A União Química entrou com pedido de autorização para uso emergencial da vacina em 26 de março. A agência chegou a suspender o prazo de análise do pedido de uso emergencial do imunizante, devido à falta de parte dos dados exigidos para a avaliação.

Em 30 de março, a agência concedeu o certificado de boas práticas para a Inovat Indústria Farmacêutica/União Química, responsável pela produção da Sputnik V. O documento, necessário para obtenção de medicamentos biológicos, é a garantia que as empresas estão cumprindo as práticas necessárias para assegurar a qualidade, eficácia e segurança dos medicamentos.

Entre os pontos críticos apontados pela Anvisa, que atrasam a autorização para importação, estão a falta de um estudo de biodistribuição e poucas informações sobre o nível de toxicidade reprodutiva e de desenvolvimento, além de documentos como o certificado de licenciamento de importação e o certificado de registro emitido pela autoridade sanitária russa.

Representantes do Consórcio Nordeste, em visita à Rússia, solicitaram relatórios que comprovem a eficácia e segurança da vacina Sputnik V e outros documentos que possam acelerar o processo na Anvisa.

EFICÁCIA

No dia 2 de fevereiro, o Instituto Gamaleya de Pesquisa da Rússia, localizado em Moscou, divulgou os resultados preliminares da Sputnik V. Os dados foram publicados no periódico científico The Lancet e impressionam pela taxa de eficácia da vacina, de 91,6%.

No artigo divulgado consta que o imunizante mostrou bom perfil de segurança e induziu "fortes respostas imunes humorais e celulares" em participantes nos ensaios clínicos de fase 1 e 2. Por sua vez, a análise do estudo de fase 3 continua em andamento para avaliar a proteção ou possíveis efeitos colaterais a longo prazo. No total, 20 mil voluntários estão envolvidos nesse processo.

Um estudo realizado pelo Instituto Gamaleya, ainda não publicado em revistas científicas, indicou que a vacina mostrou efetividade de 97,6% contra a Covid-19. O resultado foi obtido a partir da análise de 3,8 milhões de pessoas vacinadas com as duas doses.

Diário do Nordeste


Imagem do Sars-CoV-2, o coronavírus, obtida por microscópio eletrônico. - Foto: Reprodução/UFMG

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) concedeu autorização para uso emergencial de um coquetel contra a Covid-19, nesta terça-feira (19). A administração do medicamento ocorre apenas em ambiente hospitalar.

Segundo a agência, a indicação do medicamento é para quadros leves e moderados da doença, em adultos e pacientes pediátricos (12 anos ou mais) com infeção por coronavírus confirmada por laboratório, e que possuem alto risco de progredir para formas graves da doença.

O medicamento contém a combinação dois anticorpos monoclonais, casirivimabe e imdevimabe, desenvolvidos pela farmacêutica Roche. A aplicação é intravenosa e deve ocorrer apenas em hospitais, com indicação médica.

Anticorpos monoclonais são proteínas feitas em laboratório que imitam a capacidade do sistema imunológico de combater patógenos nocivos, como o coronavírus vírus.

O uso do medicamento não tem capacidade de prevenir a doença.

Em comunicado, a Anvisa ressaltou que o uso individual do casirivimabe e do imdevimabe não está autorizado, pois estudos clínicos não demonstraram benefício em pacientes internados com a doença, podendo até estar associados a desfechos clínicos piores quando usado.

"O casirivimabe e o imdevimabe devem ser administrados juntos por infusão intravenosa (IV). Os possíveis efeitos colaterais incluem anafilaxia (reação alérgica aguda), febre, calafrios, urticária, coceira e rubor", afirmou a Anvisa.

Em dezembro, a Anvisa aprovou o uso do remédio Remdesivir contra a Covid-19. O medicamento é um antiviral desenvolvido pela companhia biofarmacêutica Gilead Sciences.Foi o primeiro medicamento a ser certificado pela Anvisa contra o coronavírus no País.

O remédio também é utilizado apenas com indicação médica. Na semana passada, a Organização Mundial de Saúde (OMS) afirmou que, até agora, não há evidências de que o Remdesivir seja bem-sucedido para auxiliar no tratamento de pacientes hospitalizados por Covid-19, conforme o estudo abrangente Solidarity.

Diário do Nordeste


Anvisa nega certificação de boas práticas de fabricação à Bharat Biotech, produtora da vacina Covaxin. - Foto: Dibyangshu Sarkar/AFP

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não concedeu a certificação de boas práticas de fabricação à Bharat Biotech, empresa farmacêutica indiana que desenvolve a vacina Covaxin, contra a Covid-19. As informações são do portal G1.

A certificação é necessária para que o imunizante ganhe registro para uso emergencial ou definitivo no Brasil.

O Governo Federal já assinou contrato para a compra de 20 milhões de doses da Covaxin. No início de março, a Bharat Biotech divulgou que a vacina é 81% eficaz na prevenção da Covid-19.

TESTES NA ÍNDIA

A fase três dos estudos clínicos é realizada na Índia. Etapas anteriores indicaram que o fármaco é seguro e induz à produção de anticorpos.

O pedido da certificação para a Bharat foi feito pela Precisa Medicamentos, que pretende importar a Covaxin para o Brasil. A certificação de boas práticas é concedida apenas se o fabricante cumprir as normas de segurança e de qualidade estabelecidas pela Anvisa.

Outras farmacêuticas, entre elas as que produzem vacinas já utilizadas no Brasil, receberam a certificação, como a SinoVac, AstraZeneca, Pfizer e Janssen.

Diário do Nordeste


O Butantan responderá por 85% da capacidade total de fornecimento do imunizante, se tudo ocorrer como previsto.- Foto: Marvin Recinos/AFP

O Instituto Butantan criou a Butanvac, uma possível nova vacina contra a Covid-19. O objetivo é ter 40 milhões de doses prontas até o fim deste ano. A informação foi dada pelo jornal Folha de S.Paulo na noite de quinta-feira (25) e confirmada pelo Estadão. O instituto pedirá autorização à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para iniciar ensaios clínicos em humanos.

Desenvolvido pelo instituto, a Butanvac será produzida em maior parte pelo Instituto, que lidera um consórcio internacional. O Butantan responderá por 85% da capacidade total de fornecimento do imunizante, se tudo ocorrer como previsto.

PEDIDO DE AUTORIZAÇÃO

O pedido de autorização do Butantan se refere às fases 1 e 2 de testes da vacina. Nelas, serão avaliadas segurança e capacidade de promover resposta imune em 1,8 mil voluntários. Já na fase 3, etapa que vai estipular a eficácia da nova fórmula, participarão até 9 mil pessoas.

A Butanvac já passou pelos testes pré-clínicos, que avaliam efeitos positivos e toxicidade em animais. O imunizante também será testado nos dois outros países participantes do consórcio, Vietnã e Tailândia — neste, a fase 1 já teve início.

O governador de São Paulo, João Doria,  ao lado do diretor do Instituto, Dimas Covas, convocou uma coletiva para a manhã desta sexta-feira  no intuito de dar uma "notícia espetacular, que nos enche de esperança em relação à saúde, à ciência e à vida dos brasileiros".

Sem adiantar a novidade da criação do imunizante, Doria afirmou que o anúncio se daria pelo trabalho dos cientistas do Butantan ao longo de vários meses.

"Amanhã (hoje, sexta) mais um anúncio de uma grande contribuição que vai fazer a diferença no curso dessa epidemia aqui no nosso País e vai ajudar a combater essa epidemia no mundo também", complementou Covas.

TECNOLOGIA DA NOVA VACINA

A Butanvac tem uma tecnologia já empregada amplamente pelo Instituto, a qual utiliza o vírus inativado de uma gripe aviária como vetor para transportar para o corpo do paciente a proteína S (de spike, espícula) integral do SARS-CoV-2, causador da Covid-19.

O Butantan é o maior produtor de vacinas do País e já fornece a CoronaVac, produzida pela farmacêutica chinesa Sinovac. O Instituto conduziu a testagem do imunizante no Brasil e é o responsável pelo envase do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA), importado da China. O desenvolvimento da Butanvac em nada altera o cronograma de vacinação da CoronaVac.

Estadão Conteúdo


Ampolas de remdesivir na universidade de Hamburgo, na Alemanha, em 8 de abril de 2020 — Foto: Ulrich Perrey / Pool / AFP

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou, nesta sexta-feira (12), o registro do primeiro medicamento para pacientes hospitalizados com Covid-19, o antiviral remdesivir.

Medicamento poderá ser usado somente em pacientes hospitalizados e com pneumonia;

Não poderá ser administrado em paciente que esteja em ventilação mecânica;

Apenas adultos e maiores de 12 anos com mais de 40 kg poderão usar a terapia.

O medicamento poderá ser usado, segundo o registro, em adultos e adolescentes com mais de 12 anos e que pesem pelo menos 40 kg, hospitalizados com quadro de pneumonia, e que requerem administração suplementar de oxigênio, mas desde que o paciente não esteja em ventilação mecânica.

Um estudo usado pela Anvisa para justificar a liberação apontou que os pacientes que tomaram o medicamento se recuperaram mais rapidamente que os demais: os que receberam o remdesivir tiveram melhora clínica em 10 dias, enquanto que os que não receberam a terapia tiveram melhora em 15 dias.

Nos estudos, nenhum dos pacientes que utilizou o antiviral morreu. Entre os efeitos adversos, foi observado, em alguns casos, toxidade no rim.

O tratamento com o remdesivir deve ser utilizado no mínimo 5 dias e no máximo 10 dias.

O Remdesivir é produzido pela biofarmaceutica Gilead Sciences e trata-se de um medicamento sintético usado de forma intravenosa (injetado na veia). Ele age impedindo a replicação viral.

O medicamento já está sendo usado de maneira emergencial nos Estados Unidos desde novembro. Por lá, ele é usado em adultos e crianças a partir de 12 anos e pesando mais de 40 quilos, que estejam hospitalizadas, mas só pode ser administrado por via injetável em um centro médico ou meio equivalente. Outra autorização emergencial foi acordada paralelamente para crianças com menos de 12 anos que pesem pelo menos 3,5 quilos.

Logo após a aprovação americana, a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou que o Remdesivir não é recomendado para pacientes hospitalizados com Covid-19, uma vez que o antiviral não evita mortes, nem o agravamento da doença.

"Isso [registro do medicamento] é fruto de uma eficácia, segurança e qualidade apresentadas", afirmou o gerente Geral Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa, Gustavo Mendes.

Apesar de o registro ter sido concedido nesta sexta, o especialista em Regulação e Vigilância Sanitária da agência, Raphael Sanches, afirmou que "ainda restam algumas pendências" que estão sendo pesquisadas sobre o produto, como o comportamento do insumo farmacêutico ativo, mas que a segurança e eficácia já foram comprovadas.

O medicamento pode ser armazenado em temperatura ambiente e com prazo de validade de 36 meses.

Fonte: G1

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