Mulher é presa pela PM por enterrar filha recém-nascida após parto no Camocim
Mumbai

Ahmedabad

Mãe da criança - Foto: Polícia Civil
Uma mulher foi presa no interior do Ceará, após dar a luz a uma criança
e enterrá-la em uma cova rasa, na zona rural do município de Camocim. O corpo
da recém-nascida, que foi encontrado sem vida por familiares da autora do
crime, nessa quarta-feira (20), foi levado ao Núcleo da Perícia Forense do
Estado do Ceará (Pefoce) em Sobral. Já a suspeita foi presa em flagrante pela
Polícia Militar do Ceará (PMCE) e conduzida para a Delegacia Municipal de
Jijoca de Jericoacoara.
A equipe de policiais militares foi acionada por volta de 15 horas pelos
familiares da própria suspeita, identificada Raimunda Nonata Laurindo da
Silveira, 24 anos. De acordo com as informações colhidas pelos profissionais de
segurança, a mulher manteve a gravidez em segredo por nove meses. Foi quando
ontem, ela ingeriu um chá com propriedades abortivas e começou a sentir
contrações. Com isso, Raimunda foi até um terreno afastado da residência, na
localidade de Buriti, onde entrou em trabalho de parto.
Quando a criança nasceu, a suspeita enterrou o bebê e voltou à
residência. Após tomar banho, um irmão percebeu que Raimunda estava sangrando e
questionou. Ela retornou ao banheiro e não deu detalhes. Depois disso, saiu
para a casa da irmã mais velha.
Com a suspeita de antes, que a mulher estivesse grávida, o irmão foi até
o terreno nos fundos da casa, onde encontrou o corpo da criança, que foi
parcialmente devorado por animais. Ele mesmo recolheu e informou aos demais
parentes. Quando Raimunda Nonata retornou, ela foi mantida no local até a
chegada dos policiais militares.
A suspeita foi encaminhada para a Delegacia Municipal de Jijoca de
Jericoacoara. Em depoimento, ela alegou que tomou a substância para abortar,
mas a criança nasceu com vida e chorou. Mesmo com isso, ela deixou o bebê no
local. Somente a partir de exames da Pefoce será possível constatar a causa da
morte, que pode ter sido provocada pelas lesões feitas pelos animais ou também
por asfixia.
Ao ser questionada sobre o porquê da ação criminosa, a mulher afirmou
que fez isso porque era solteira, teve dois filhos antes, tendo um deles sido
dado para adoção, e temia a reação da família ao saber que ela estava novamente
grávida. A autuação por infanticídio ocorre quando a mãe age sob um abalo
psíquico em razão do estado puerperal. No entanto, a mulher confessou que agiu
de forma premeditada. Por isso, ela foi autuada em flagrante por homicídio. O
caso agora será transferido para a Delegacia Regional de Camocim, que dará
continuidade ao andamento do inquérito policial.
SSPDS
Tags:
Policial