MPCE investigará possíveis fraudes no concurso público de Juazeiro do Norte
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Atraso da abertura dos portões iniciou um tumulto em Crato.
(Foto: Lorena Tavares)
Após o tumulto no primeiro dia de seleção do concurso
público para a Prefeitura de Juazeiro do Norte, alguns candidatos procuraram o
Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), nesta segunda-feira (27), para
prestar esclarecimentos. O órgão está investigando possíveis irregularidades no
certame. As provas que seriam aplicadas, no último domingo (26), para cinco
cargos foram adiadas para o dia 9 de junho.
A confusão começou na manhã de ontem, no campus Pimenta, da
Universidade Regional do Cariri (URCA), em Crato, local cedido para a aplicação
das provas. Lá, mais 2 mil candidatos eram aguardados. Porém, a abertura dos
portões atrasou em mais de uma hora, gerando desconfiança e insatisfação. Por
isso, a seleção para Enfermeiro ESF, Engenheiro Ambiental e Engenheiro Elétrico
foi adiada.
Já em outro local, em Juazeiro do Norte, as provas para os
cargos de Contador e Educador Físico foram adiadas devido problemas com o lacre
de um dos pacotes com as avaliações impressas.
O promotor Silderlândio do Nascimento confirmou que vários
candidatos procuraram o MPCE nesta segunda-feira. “Estamos coletando
informações. Apurando, especialmente, o que aconteceu no Crato. O que levou os
candidatos a saírem de suas salas com as provas. Estamos fazendo diligências, mas
não podemos detalhar”, explica.
Junto dele, os promotores Alessandra Magna Ribeiro e Flávio
Côrte, todos da comarca de Juazeiro do Norte, participam da apuração. “Estamos
procurando ver se outras provas de conhecimentos gerais foram replicadas pela
manhã, para saber se a medida de anular só aquelas provas foi suficiente. A
tarde não houve problema”, antecipa Silderlândio.
Caso seja encontrado alguma irregularidade, o MPCE deverá
judicializar. “O que aconteceu foi algo grave. É um município que não tem concurso
há mais de 10 anos. A gente lamenta, pois, os candidatos investiram tempo,
dinheiro, tudo para tentar ter acesso ao cargo público”, completa o promotor.
Fonte: Diário do Nordeste
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