Em Aurora, Audiência Pública debate violência contra a mulher
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Audiência Pública aconteceu nesta quinta-feira (17), na
Casa de Cultura Aldemir Martins. – Foto: Danilo Freire
Por Danilo Freire
Nesta quinta-feira, 17/10, foi realizada uma Audiência
Pública no município de Aurora, no auditório Dona Santô, do Centro Cultural Aldemir Martins, discutindo o tema: Violência contra a mulher. Policiais do Destacamento da PM de Aurora, com o auxílio do BP Raio, estiveram dando suporte,
garantindo a segurança dos presentes e oferecendo ordem no transcorrer da
audiência.
O Presidente da Câmara de Vereadores de Aurora, Wellington
Rodrigues de Lima (Budu) e outros representantes do Poder Legislativo de Aurora. Também marcaram presença a Secretária Jacqueline Duarte, a Ouvidora Moesia Vangela,
a Consultora Legislativa Dra. Camila Gonçalves o advogado Dr. Manoel Gregório, o Dr. Idemário Tavares e sua
esposa Aurilene Tavares, a Presidente do Sindicato dos Servidores de Aurora,
Lucimar Fernandes (Nininha), entre outras autoridades, bem como a população de um modo em geral.
O Presidente do Legislativo local, Wellington Rodrigues de
Lima (Budu) saudou a todos os presentes e pediu que seja bastante discutido o
assunto: violência contra a mulher.
O Juiz de Direito da Comarca de Direito de Aurora, Dr. João
Pimentel de Brito cumprimentou a todos os presentes, em especial às mulheres de
Aurora, que estão no local para ouvir explanações sobre este tão importante
tema. O Ceará se mostra como vanguarda nesse tema. O grande passo para o
combate à violência é a informação. O Jurista disse que a cultura de violência
contra a mulher chamou sua atenção quando ele chegou ao Ceará. "Muitos
olham a mulher, de forma despreziva. Isso é muito triste", disse.
"Será que a violência tem diminuído? Ou o que diminuiu
foram as denúncias por parte das vítimas?", questionou o Dr. João
Pimentel, que disse ainda que a criação da Procuradoria da Mulher em nosso
município é uma ação muito importante, mas ainda temos muito a caminhar quanto
ao combate à violência.
A Dra. Moesia Vangela, Ouvidora Legislativa da Câmara de
Aurora e agora, Procuradora da Mulher, saudou a todos os presentes, e em nome
das mulheres disse que a Procuradoria tem a missão de receber, examinar e
encaminhar aos órgãos competentes, as denúncias de violência contra a mulher e
incentivar campanhas contra a discriminação de gênero no nosso município.
"Muitas mulheres hoje, sentem-se desprotegidas e o intuito da Procuradoria
da Mulher será tornar-se a voz delas, incentivando-as a lutarem por seus
direitos, denunciando a violência sofrida", disse.
O Promotor Dr. Luiz Cogan, falou da importância do devido
cuidado com certos temas. Ele citou a prevenção ao câncer de mana, já que
estamos vivenciando o Outubro Rosa. Dr. Luiz falou da chamada "cifra
negra", que é como se denominam os casos de violência que acontecem mas
não são denunciados. O Promotor parabenizou aos idealizadores da Audiência
Pública e deixou um recado: houve a lesão, o processo será conduzido.
Aquele que agride a mulher, tem sua arma caçada.
Garante a matrícula dos dependentes da vítima de violência
doméstica em instituições de ensino próximas a sua residência.
O Presidente do Legislativo aurorense, Wellington Rodrigues
de Lima, mencionou o porquê do assunto chegar a uma audiência pública. "Em uma
conversa mais aprofundada, conseguimos conseguir mais detalhes sobre a
violência sofrida pelas mulheres. Isso acontece com frequência na Câmara de
Aurora, pois várias mulheres vítimas de violência me procuram, pedindo apoio e
ajuda", disse.
A agressão não vai ser sempre física. Ela quase sempre
começa de forma verbal. É necessário coragem para que as mulheres se libertem
dessa situação. O intuito desse projeto é dar suporte a essas mulheres vítimas
de violência. Não permitam, em pleno século 21, serem tratadas como objetos,
finalizou Budu.
O advogado Dr. Idemário Tavares deixou uma pergunta:
"Nós levamos as mulheres a sério?" Ele falou do grande número de
mulheres ameaçadas e agredidas. "A gente se preocupa com a violência
contra a mulher, mas será que nos preocupamos também com as políticas públicas,
que podem ajudar as mulheres?", questionou.
A advogada Dra. Franciely Ribeiro falou que a criação da
Procuradoria é uma grande conquista para os aurorenses, em especial, a mulher.
"No papel de advogada estou aqui para dizer que vocês têm direitos",
disse. Para a Dra. Franciely, as mulheres devem refletir se estão enquadradas
no grupo que sofrem violência, seja física ou psicológica. O primeiro ideal de
empoderamento é deixar de olhar para a outra mulher com julgamento ou crítica,
pois através do apoio ela pode tomar a iniciativa de denunciar o caso.
O Secretário de Governo e Gestão de Aurora, Adailton
Macedo, reforçou as palavras do Dr. Idemário. Falou da importância de denunciar
a violência. "Precisamos melhorar a nível de Governo. Pensar na independência
da mulher", disse.
A acadêmica de direito, Clara, disse que o momento serve de
grande incentivo. Ela frisou o papel de mulheres e homens no combate. Ela
deixou seu posicionamento: mais do que papel das mulheres, os homens devem se
solidarizar. Muitos homens presenciam a situação e não fazem nada. A chamada
cifra negra, como o Promotor de Justiça citou.
A Irmã Maria José, representando a Igreja Matriz do Senhor
Menino Deus, disse que a Igreja não separa. Ela conscientiza, conversa. A gente
busca olhar os dois lados. Os filhos é quem mais sofrem com a separação. A
Igreja não aceita violência. Ela luta pela família. Para a religiosa, o medo é
o principal fator que impede a vítima de denunciar.
Budu finalizou a audiência dizendo que hoje, uma semente
foi plantada e que agora, todos devem regar e respeitar essa ideia. O
Presidente do Legislativo agradeceu a presença de todos. A audiência foi
encerrada com a exibição de um poema do poeta cearense Braulio Bessa.
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