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Conheça um pouco da história e do trabalho do escultor aurorense, Kalistenio Souza

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O artista aurorense investe em esculturas de grandes nordestinos como Lampião, Luiz Gonzaga, etc. – Foto: Arquivo Pessoal

Por Henrique Macêdo

Nascido no Sitio Angico na Cidade de Aurora, no interior do Ceará, no dia 25 de Abril de 1988, o artista Francisco de Assis Bezerra de Souza, conhecido popularmente como Kalistenio, sempre gostou de trabalhar com madeira, quando aos 12 anos conversou com um amigo que trabalhava fazendo esculturas.

“Pedi para ele me ensinar essa arte, e rapidamente aprendi e comecei a esculpir pássaros, isso no ano 2000. Os pássaros que fazia levava para o Centro de Cultura Mestre Noza que fica em Juazeiro do Norte onde lá eram vendidos".

Primeira exposição que Kalistenio participou no centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, em Fortaleza. – Foto: Arquivo pessoal

Filho de agricultores que sempre os incentivaram, o artista trabalhou na roça junto com os quatro irmãos para ajudar os meus pais no sustento da casa.

“Mesmo trabalhando meus pais sempre me incentivaram a estudar. Mas eu sentia que os estudos não eram o meu caminho, quando conclui o oitavo ano do fundamental, por decisão minha, deixei de frequentar a escola”.


Atualmente, Kalistenio sobrevive da sua arte que inclusive circula por várias cidades norte-americanas.

“Sempre fui muito perseverante e quis continuar aperfeiçoando ainda mais o meu trabalho, foi quando no início de 2005 tentei minha primeira escultura realmente ambiciosa, o cordelista Patativa. Continuei investindo em esculturas de grandes nordestinos como Lampião, Luiz Gonzaga, etc. Hoje em dia vendo esculturas para vários lugares do Brasil, e atualmente tenho uma escultura de Luiz Gonzaga circulando por várias cidades dos Estados Unidos na exposição Bandits & Heroes Poets & Saints popular art of the Northeast of Brazil realizada pelo pessoal da Con / Vida”.


Apesar de não ser registrado como Kalistenio, o artista conta que em certo dia um comerciante que comprou um pássaro feito por ele no Centro de Cultura Mestre Noza o aconselhou a sempre que terminasse uma obra colocasse o seu nome nela, assim iria ajudar a divulgar meu nome como escultor.

“Minha mãe queria que todos seus filhos fossem batizados pelo nome de Francisco. A minha irmã que sempre foi muito apegada a mim, talvez por eu ser o caçula da casa, me apelidou de Kalistenio, pois a mesma sempre achou esse nome muito bonito. Logo todos que me conhecem começaram a mim chamar assim. Um certo dia um comerciante que comprou um pássaro feito por mim no Centro de Cultura, me aconselhou a sempre que terminasse uma obra colocasse o meu nome nela, assim iria ajudar a divulgar meu nome como escultor. Então abreviei o nome Kalistenio para Kalys, e em todas as minhas obras tem esse nome escrito atrás. Sempre fui muito perseverante e quis continuar aperfeiçoando ainda mais o meu trabalho, foi quando no início de 2005 tentei minha primeira escultura realmente ambiciosa, o cordelista Patativa”.

8º "Psiu! Forró Festival Berlin

Kalistenio foi convidado para participar do "Psiu! Forró Festival Berlin", considerado um dos maiores festivais da Europa que acontecerá do dia 30 de Janeiro a 2 de Fevereiro na cidade de Berlim, na Alemanha.

Em sua 8ª edição, o "Psiu! Forró Festival Berlin" oferecerá aulas ou oficinas regulares em Samba de Gafieira, Forró, Afro Brasil e Frevo. Neste ano, haverá uma exposição em homenagem aos ilustríssimos nordestinos Luiz Gonzaga e Dominguinhos.
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