'Está cada vez mais forte a tese de que tratou-se de crime político', diz André Costa sobre assassinato do prefeito de Granjeiro
Mumbai
Ahmedabad
João
Gregório Neto estava caminhando quando foi atingido em Granjeiro, no sul do
Ceará — Foto: Divulgação/Prefeitura de
Granjeiro
O secretário da Segurança Pública do Ceará, André Costa,
afirmou nesta segunda-feira (20), que está cada vez mais forte a tese de que o
assassinato do prefeito de Granjeiro, João Gregório Neto, de 54 anos, teve
motivações políticas. A informação foi concedida durante coletiva de impressa
em Fortaleza sobre a prisão de dois suspeitos e da apreensão do veículo
utilizado no homicídio do gestor.
"Até o momento, cada vez fica mais forte a tese de que
realmente tratou-se de crime político", disse André Costa, quanto
questionado sobre qual teria sido a motivação do crime, ocorrido na manhã do
dia 24 de dezembro de 2019, enquanto ele caminhava próximo à sua residência, no
município.
O carro utilizado pelos suspeitos foi apreendido em uma
revenda de veículos na noite da quinta-feira (16), em Teresina, no Piauí. O
automóvel estava sem as placas originais. O proprietário do estabelecimento foi
autuado em flagrante pelo crime de receptação. Um segundo suspeito também foi
preso após atirar contra policiais ao tentar fugir.
Ainda de acordo com André Costa, a polícia suspeita que o
veículo, modelo Polo, já estaria com um dos presos antes mesmo do assassinato.
"Já tínhamos apreendido um veículo S10 que, no dado
momento, prestou apoio a esse Polo. Temos evidências físicas disso. Existe toda
uma suspeita de que [o carro modelo Polo] já estivesse na posse dele desde ou
até antes do dia do crime", afirmou.
Mandados
cumpridos
No início deste mês, a Polícia Civil do Ceará cumpriu
mandados de prisão e busca e apreensão relativos ao caso e divulgou que o atual
prefeito de Granjeiro, Ticiano Tomé, e o pai dele, Vicente Félix de Souza, de
60 anos, são suspeitos de envolvimento no assassinato.
O político Vicente Félix de Souza passou a ser monitorado
por tornozeleira eletrônica. A Polícia Civil solicitou a prisão de Vicente no
dia 9 deste mês, mas o pedido foi negado pela Justiça Estadual, que determinou
o uso do aparelho.
Carro
e documentos apreendidos
Vicente Félix de Souza foi alvo de uma operação deflagrada
no dia 9 de janeiro e, com o uso da tornozeleira, deve manter-se em área
restrita do monitoramento.
Durante as investigações, feitas pelo Departamento de
Polícia Judiciária do Interior Sul (DPJI Sul), um veículo modelo Chevrolet S10,
de propriedade de um parente de Vicente Félix, documentos e aparelhos celulares
foram apreendidos na casa do atual prefeito e do pai.
De acordo com André Costa, a polícia reuniu provas que
indicam que o crime teve relação com a desavença política entre a vítima e
outros políticos. A Polícia Civil chegou a pedir a prisão dos dois, mas a
Justiça negou.
Fonte:
G1 CE
Tags:
Policial
