Mulher com mãos amputadas tem benefício negado pelo INSS por não poder assinar papel
Mumbai
Ahmedabad
Cleomar
Marques em sua residência (Foto:
Reprodução/TV Globo)
Ex-sinaleira que teve mãos e pernas amputadas por
complicações causadas por uma infecção, tem benefício negado pelo Instituto
Nacional de Seguridade Social (INSS), por não poder assinar os documentos
oficiais que autorizam o pagamento do auxílio. Cleomar Marques, de Porto Velho,
em Rondônia, já teve três requerimentos negados pelo Instituto no último ano e
depende de doações para sobreviver. As informações são do portal de notícias do
G1.
Em entrevista ao Jornal de Rondônia, a ex-sinaleira Cleomar
relata as dificuldades impostas pelo órgão para receber o pagamento do auxílio.
"Uma servidora puxou os papéis e perguntou: 'Quem vai assinar? Você
assina?'. Eu disse que não podia assinar, mas sim a minha filha ou minha mãe. A
mulher então olhou e disse: 'Ah, então não vale'. Daí ela pegou, rasurou o
papel e jogou fora", conta.
Cleomar diz que o auxílio do INSS é uma necessidade, já que
ela não pode trabalhar e vive com a filha, que a ajuda com alimentação e
higiene. "Olha, é um constrangimento para mim tudo isso. Eu trabalhava,
tinha minha vida e agora sou dependente dos outros. É a minha filha, única que
mora comigo, que faz tudo para mim", desabafa.
Mesmo tendo o requerimento negado pelo INSS, Cleomar fez
uma nova solicitação para tentar um benefício assistencial à pessoa portadora
de deficiência, que também foi indeferido por ela ter uma renda per capita
familiar superior a 1/4 do salário mínimo, o equivalente a R$ 238,50. Segundo o
INSS, a renda teria sido apurada com as informações do Cadastro Único
(CadÚnico) para programas sociais do governo. Em um terceiro requerimento, a
solicitação foi novamente indeferida por “falta do período de carência”, como
alega o INSS.
De acordo com o telejornal da afiliada da TV Globo, a
assessoria de comunicação do Instituto informou que o INSS atendeu pessoalmente
a filha de Cleomar, e relatam que um novo requerimento poderia ser feito caso
houvesse alteração da composição do grupo e também da renda familiar junto ao
CadÚnico. Segundo o Instituto, Cleomar agora pode procurar o INSS para o
requerimento de um novo benefício.
Fonte:
O Povo
Tags:
Brasil