Camilo Santana diz que líder do motim da PM no Ceará está foragido: ‘Estamos atrás dele e não conseguimos achar’
Conforme
o decreto, Cabo Sabino fez convocações para que os policiais abandonassem o
posto de trabalho — Foto: José
Leomar/SVM
O governador do Ceará, Camilo Santana, afirmou na noite
desta quarta-feira (4) que o ex-deputado federal Cabo Sabino está foragido e
sendo procurado pela polícia por liderar o motim feito por policiais militares
do estado.
"Há uma disputa por espaço entre os próprios líderes
políticos dentro do movimento. Inclusive um deles, está com um mandado de
prisão e está foragido do estado do Ceará. Estamos atrás dele e não conseguimos
encontrar", disse o governador em entrevista a GloboNews.
Durante a negociação para o fim do motim, membros da
comissão enfrentaram um impasse para dar continuidade aos diálogos porque os
policiais pediam que o ex-deputado federal fosse representante da categoria.
"Eu enxergo esse motim no Ceará muito mais político do que salarial.
Porque salário nós já tínhamos feito o acordo", afirmou Camilo.
Em publicação no diário oficial do estado do Ceará, Cabo
Sabino foi classificado como líder da manifestação. Conforme o decreto que
afastou o ex-deputado da polícia do estado, Sabino fez as convocações para que
os policiais abandonassem o posto de trabalho.
O Ceará enfrentou uma crise na segurança pública, motivada
pelo motim de policiais militares do estado. A categoria se dizia insatisfeita
com a proposta de reajuste salarial apresentada pelo governo local.
Após 13 dias de paralisação, foi assinado na última
segunda-feira (2) um acordo para encerrar o motim. O acordo foi formalizado e
assinado na Procuradoria Geral de Justiça (PGJ), no Ministério Público do
Estado do Ceará (MPCE).
Acordo
Entre outros pontos, o acordo prevê que o governo do Ceará
irá investir R$ 495 milhões com salários dos policiais militares até 2022.
Outra reivindicação dos amotinados, a anistia aos policiais que participaram do
movimento não foi aceito pelo governo do estado.
A Secretaria da Segurança Pública do Ceará deixou de
divulgar o número de homicídios ocorridos durante o motim de parte dos
policiais militares.
Conforme o órgão, os dados consolidados de fevereiro serão
disponibilizados em breve. Mesmo sem as estatísticas finais, os 225 crimes
violentos contabilizados durante nove dias paralisação de PMs superou a conta
de homicídios de todo o fevereiro de 2019 no estado.
G1
CE
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