Juiz marca data do júri popular de acusado de feminicídio em Aurora
Francisco
Erivan Rangel Filho, conhecido por "Pantico" irá a juri popular pelo
assassinato de sua esposa, Aparecida Ferreira Lima Gurgel, conhecida por “Piriu”.
– Foto: Redes sociais
Por
Henrique Macêdo
O juiz titular da Comarca de Aurora, João Pimentel de
Brito, marcou para o dia 10 de março o júri popular do réu Francisco Erivan
Rangel Filho, conhecido por "Pantico", pelo assassinato de sua
esposa, Aparecida Ferreira Lima Gurgel, conhecida por “Piriu”. A data do
julgamento do segundo denunciado, José Ribeiro Duarte, vulgo "Rogai",
ainda não foi marcada.
O júri de “Pantico” está marcado para às 9 horas da manhã,
no Fórum Jaime de Alencar Araripe, bairro Araçá, em Aurora.
No dia 22 de agosto de 2018, o juiz da Comarca de Aurora,
João Pimentel Brito, pronunciou os acusados pelo assassinato de Aparecida
Ferreira Lima Gurgel. A pronúncia é o ato pelo qual o juiz encaminha o réu a
julgamento por júri popular. A denúncia foi apresentada pelo Ministério Público
do Estado do Ceará (MPCE), por intermédio da Promotoria de Justiça de Aurora,
através do o promotor de Justiça Luiz Cogan.
O caso
Em 14 de janeiro de 2018, Aparecida Ferreira Lima Rangel,
de 40 anos, conhecida por “Piriu”, foi assassinada após ser atingida por uma
barra de ferro na cabeça pelo seu próprio companheiro Francisco Erivan Rangel
Filho, hoje com 40 anos, conhecido por “Pantico”. De acordo com as investigações da Polícia Civil de
Aurora, além de Francisco Rangel, o crime também teve a participação de José
Ribeiro Duarte. Ele teria auxiliado o marido da vítima na execução do crime.
Erivan Rangel, que era casado há mais de 20 anos com
Aparecida Ferreira, afirmou que ele e sua esposa, estavam voltando de um
balneário numa motocicleta na noite do crime, quando sua companheira que estava
na garupa da moto, se desequilibrou e caiu na Rodovia CE-288, quando foi
atropelada por um veículo. Ele noticiou a família da vítima, que teria sofrido
um acidente de trânsito, no qual Aparecida veio a falecer. Quando indagado pela
Polícia Civil sobre dados do veículo atropelador, Francisco relatou não saber
de nada, que estava passando mal e precisava ser medicado, foi atendido no
Hospital Geral Ignêz Andreazza e depois de uma hora evadiu-se do local, não
sendo mais encontrado.
Os policiais estiveram no local aonde teria acontecido o
suposto acidente, mas, lá não haviam indícios de colisão e os ferimentos no
corpo da vítima não eram característicos de atropelamento, apenas lesões na
cabeça que ocasionaram traumatismo craniano.
As investigações também apontaram a participação ativa no
crime de feminicídio de José Ribeiro Duarte, 41 anos, conhecido por “Rogai”. No
seu depoimento, José confessou ter participado do homicídio, pois receberia R$
400,00, do marido da vítima para auxiliar na execução do delito e simular um
acidente. Ele também afirmou que naquela tarde havia ajustado todos os detalhes
da execução com Erivan, mas disse que quem teria proferido os golpes com a
barra de ferro que ocasionou na morte de Aparecida, não teria sido ele e sim
Erivan.
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