ZoyaPatel

Alece aprova projeto que proíbe condenados por maus-tratos a animais de ocuparem cargos públicos no Ceará

Mumbai

Foto: Júnior Pio/Alece

A Assembleia Legislativa do Estado do Ceará (Alece) aprovou, na última quarta-feira (18), o Projeto de Lei nº 242/2023, de autoria do deputado estadual Agenor Neto (MDB), que veda a nomeação ou contratação, no âmbito da administração pública estadual, de pessoas condenadas por crimes de maus-tratos contra animais.

Pelo texto aprovado, fica proibido o exercício de cargo, emprego ou função pública, bem como a prestação de serviços ou participação em licitações no Estado do Ceará, por qualquer indivíduo com sentença penal condenatória transitada em julgado por esse tipo de crime. A proibição se estende tanto à administração pública direta — como o Governo do Estado, secretarias, Assembleia Legislativa e Poder Judiciário estadual — quanto à indireta, incluindo autarquias, empresas públicas e sociedades de economia mista com participação acionária estadual.

A restrição se mantém válida por cinco anos após o cumprimento integral da pena. A proposta agora segue para sanção ou veto do governador Elmano de Freitas (PT).

Na justificativa, o deputado Agenor Neto destacou que a medida busca dar resposta ao crescente clamor da sociedade contra a impunidade nos crimes ambientais, em especial os que envolvem violência contra animais. Segundo o parlamentar, a legislação estadual precisa ser utilizada como instrumento de reforço às punições, impedindo que pessoas condenadas por esse tipo de conduta sejam mantidas em funções públicas financiadas com recursos da população.

O crime de maus-tratos está previsto no artigo 32 da Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/1998), sendo detalhado pela Resolução nº 1.236/2018 do Conselho Federal de Medicina Veterinária, que elenca práticas como abandono, agressões físicas, privação de cuidados veterinários, manutenção de animais em locais insalubres e a imposição de atividades excessivas que gerem dor ou sofrimento.

Ahmedabad