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Ministério Público cobra nova medida judicial para obrigar Prefeitura de Icó a ampliar concurso público

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Foto: Google Maps

Na tentativa de assegurar a ocupação de cargos permanentes no serviço público municipal, o Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) solicitou que a Justiça determine, de forma coercitiva, que a Prefeitura de Icó execute, de forma integral, a sentença que obriga a realização de concurso público. A solicitação foi protocolada no dia 27 de junho de 2025, por meio do promotor Pedro Regis, da 4ª Promotoria de Justiça da comarca local.

Apesar de a decisão judicial ter sido emitida em outubro do ano anterior, após o ajuizamento de uma Ação Civil Pública, a administração municipal não cumpriu plenamente a determinação. Passados os 180 dias estabelecidos para execução da medida, o MP instaurou um procedimento para apurar o andamento das providências administrativas adotadas pela gestão. Verificou-se que, embora uma lei municipal (nº 1.271/2025) tenha sido aprovada com autorização para concurso, o quantitativo de vagas ofertado nos editais publicados é muito inferior ao necessário.

Somados, os dois editais divulgados até o momento oferecem 88 vagas — sendo 52 no primeiro e 36 no segundo. No entanto, dados do Portal da Transparência apontam que há mais de 2 mil postos atualmente ocupados por servidores não concursados, entre contratos temporários e terceirizados. A quantidade de funcionários em situação precária supera, inclusive, o número de servidores efetivos existentes no município, estimado em 1.274.

Diante do cenário, o MPCE solicitou à Justiça o reabastecimento dos autos do processo original, com o objetivo de forçar o cumprimento total da obrigação imposta. O órgão também quer que a Prefeitura preste esclarecimentos sobre cada contrato temporário ativo e que seja aplicada a multa prevista anteriormente, em virtude do não atendimento à ordem judicial.

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