Equipes de inteligência dos órgãos do Sistema de Segurança Pública do
Ceará acompanham, junto com as polícias do estado da Paraíba, as investigações
sobre a fuga de 92 presos da Penitenciária de Segurança Máxima Romeu Gonçalves
Abrantes, em João Pessoa, de acordo com o Governo do Ceará. A Secretaria de
Segurança afirmou que o policiamento em área de fronteira é realizado de forma
rotineira, mas que o Batalhão de Fronteiras, da Polícia Militar, reforçou o
monitoramento na área. A fuga ocorreu na madrugada desta segunda-feira (10).
Segundo a Secretaria de Estado de Defesa Social da Paraíba, até as
15h40, haviam sido recapturados 41 detentos. Na ação, um tenente da Polícia
Militar da Paraíba foi baleado e teve morte cerebral diagnosticada. Ele estava
em um posto policial que teria sido alvo de vários tiros por parte dos
fugitivos.
O presídio tem capacidade para 660 presos e abrigava cerca de 680 detentos,
conforme o secretário Sérgio Fonseca. De acordo com o sistema Geopresídios, do
Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a unidade prisional tinha 681 presos em 644
vagas. Segundo a Seap, "a quantidade de agentes no local era suficiente
para fornecer a guarda, foi uma ação pontual".
Ataque ao presídio
A ação começou com pessoas atirando de dentro da mata próximo ao
presídio de segurança máxima. Os criminosos atiraram nas guaritas que estavam
ocupadas pelos policiais militares para confundir os policiais e se inicia uma
troca de tiros. Pessoas que moram perto da cadeia começaram a ouvir disparos e
uma explosão pouco depois da meia-noite.
De acordo com informações da PM, cerca de 20 homens chegaram em quatro
carros e dispararam várias vezes contra as guaritas, o alojamento e o portão
principal. Havia grande quantidade de armamento, inclusive fuzis ponto 50, que
perfura a parede. Por causa da munição utilizada pelos criminosos, os agentes
penitenciários tiveram que se abrigar.
Os criminosos os criminosos conseguem se aproximar e usar os explosivos
no portão da frente e da lateral da penitenciária. Eles tiveram acesso à
unidade prisional e com um alicate conseguiram arrombar os cadeados para
libertar Romário Gomes Silveira, alvo do resgate e acusado de explosões a
bancos e carros-forte. Quando ele sai, recebe um fuzil e comanda a ação de
fuga.Após ele ser resgatado, os demais presos também pegam os alicates para
abrir as celas.
Fonte: G1
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