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Foto: Pixabay
A Polícia Federal indiciou nesta sexta-feira (19) uma
mulher por crimes eleitorais após ela ter divulgado conteúdo falso referente às
eleições nas redes sociais.
No vídeo, informou a Polícia Federal, a educadora física
relatava o envio de urnas eletrônicas supostamente fraudadas para o Nordeste do
país e responsabilizava o governo federal por fraude.
O inquérito foi instaurado pela PF no Rio Grande do Sul
nesta quinta (18) por requisição do Tribunal Regional Eleitoral do estado. Ela
foi indiciada por "divulgar, na propaganda, fatos que sabe inverídicos, em
relação a partidos ou candidatos e capazes de exercerem influência perante o
eleitorado" e "caluniar alguém, na propaganda eleitoral, ou visando
fins de propaganda, imputando-lhe falsamente fato definido como crime".
Os artigos constam no Código Eleitoral e têm pena de três
anos de detenção. No entanto, a pena pode ser aumentada em um terço por causa
utilização das redes sociais para a propagação do conteúdo inverídico.
O indiciamento ocorre um dia depois de publicação de
reportagem do jornal Folha de S.Paulo apontar que empresas cujos donos são simpáticos
à candidatura do presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) compraram pacotes de
disparos em massa de mensagens contra o PT no WhatsApp. A iniciativa pode
configurar crime eleitoral.
A coordenadora jurídica da campanha de Bolsonaro, Karina
Kufa, negou conhecer quaisquer irregularidades e informou que notificará as
empresas para que se expliquem acerca da denúncia. O PT entrou com ação no TSE
contra Bolsonaro por abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de
comunicação.
Para combater as fake news, o ministro da Segurança
Pública, Raul Jungmann, recomendou que os eleitores verifiquem a origem do
texto, levantem informações em sites de busca, chequem as notícias da mídia
tradicional e jamais compartilhem mensagens que não tenham certeza de sua veracidade.
Fonte: Uol Notícias
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