Todos os anos, o terceiro sábado de outubro é o Dia
Nacional de Combate à Sífilis, uma infecção sexualmente transmissível (IST)
curável e de caráter sistêmico, cuja infectividade por transmissão sexual é de
cerca de 60% nos estágios iniciais. Neste ano, a data, 20 de outubro, objetiva
enfatizar a importância do diagnóstico e do tratamento adequado da sífilis,
especialmente nas gestantes durante o pré-natal, e incentivar a participação de
profissionais e gestores de saúde em ações de prevenção, diagnóstico,
tratamento e acompanhamento de casos, bem como ressaltar a necessidade de
reforço das ações locais de combate à doença.
A sífilis pode ser transmitida de uma pessoa para outra
durante o sexo sem camisinha com alguém infectado, por transfusão de sangue
contaminado ou da mãe infectada para o bebê durante a gestação ou o parto. O
uso da camisinha em todas as relações sexuais e o correto acompanhamento
durante a gravidez são meios simples, confiáveis e baratos de prevenir-se
contra a sífilis.
Os primeiros sintomas da doença são pequenas feridas nos
órgãos sexuais e caroços nas virilhas (ínguas), que surgem entre a 7 e 20 dias
após o sexo desprotegido com alguém infectado. A ferida e as ínguas não doem,
não coçam, não ardem e não apresentam pus. Mesmo sem tratamento, essas feridas
podem desaparecer sem deixar cicatriz. Mas a pessoa continua doente e a doença
se desenvolve. Ao alcançar um certo estágio, podem surgir manchas em várias
partes do corpo (inclusive mãos e pés) e queda dos cabelos.
Todas as pessoas sexualmente ativas devem realizar o teste
para diagnosticar a sífilis, principalmente as gestantes, pois a sífilis
congênita pode causar aborto, má formação do feto e até a morte ao nascer. O
teste deve ser feito na 1ª consulta do pré-natal, no 3º trimestre da gestação e
no momento do parto (independentemente de exames anteriores). O cuidado também
deve ser especial durante o parto para evitar sequelas no bebê, como cegueira,
surdez e deficiência mental.
Dados epidemiológicos nacionais nos últimos cinco anos
mostram aumento constante do número de casos de sífilis em gestantes, congênita
e adquirida. O Plano Estadual para a Redução da Sífilis no Ceará, lançado em
2018, estabelece rol de prioridades visando à qualificação da atenção à saúde
para prevenção, assistência, tratamento e vigilância da sífilis. A Secretaria
da Saúde do Estado (Sesa) apoia e incentiva os municípios a realizarem
mobilizações no mês de outubro, em alusão ao Dia Nacional de Combate a Sífilis
e Sífilis Congênita, com a recomendação de realização de ações, como oferta do
teste rápido para sífilis nas unidades de saúde, espaços de convivência,
praças, shoppings e terminais rodoviários; palestras nas salas de espera,
hospitais e escolas; e entrevistas em rádios locais.
Nos dias 25 e 26 de outubro, a Sesa realizará o II Simpósio
Cearense de Prevenção, Controle e Vigilância da Sífilis, na Escola de Saúde
Pública do Ceará, das 8 às 17 horas, dirigido aos profissionais de saúde da
atenção básica. Este ano, no Ceará, de acordo com a atualização semanal de
doenças de notificação compulsória, até a semana epidemiológica 40, encerrada
em 6 de outubro, foram registrados 1.162 casos de sífilis congênita e 1.554
casos da doença em gestantes.
Governo do Estado do Ceará
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