Ceará tem redução de casos de Calazar em 2019, mas doença atinge mais municípios
Mumbai
Ahmedabad
Vacinação
contra calazar no Ceará — Foto:
Divulgação
O Ceará registrou uma redução de 23% no número de casos de
leishmaniose visceral (LV), conhecida como calazar, de 2018 para 2019. No
último ano, o Estado somou 292 registros da doença, com 19 mortes em humanos,
91 a menos que em 2018, quando foram notificados 383 casos e 25 mortes.
Apesar disso, o número de municípios que apresentam pelo
menos uma ocorrência cresceu, de 104 para 138, de um ano para o outro. Segundo
a Secretaria da Saúde (Sesa) do Ceará, a doença possui maior incidência nas
regiões Sul e Noroeste do Estado.
Segundo o último Boletim Epidemiológico de LV da Secretaria
da Saúde, quatro municípios que não haviam registrado nenhum caso de LVC, em
2018, passaram a notificar a doença, “evidenciando a expansão geográfica no
Estado."
Mauriti
e os CCZs
Essenciais para o controle de zoonoses as CCZs estão
presentes apenas nos municípios de Sobral, Maracanaú, Fortaleza, Cariús,
Crateús, Crato, Iguatu, Juazeiro do Norte e Quixadá. Porém, no último dia 7, o
Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) firmou um Termo de Ajustamento de
Conduta (TAC) com o município de Mauriti para a construção do equipamento. O
não cumprimento da determinação pode causar multa diário ao gestor municipal.
A justificativa é o número elevado de registros, em
humanos, nos últimos sete anos na cidade. Segundo a Secretaria Municipal, foram
registrados cerca de 52 casos de pessoas contaminadas com calazar neste
período. Seis das incidências ocorreram no ano passado.
O município tem até março de 2021 para entregar a unidade,
prazo que, segundo a Prefeitura, será atendido.
Redução
de Mortes
Nos últimos sete anos, a LV foi responsável por mais de 210
óbitos no Ceará. Neste cenário, a Sesa definiu uma estratificação de risco para
os municípios. O indicador tem como referência o triênio 2016-2018 e aponta que
114 municípios possuem baixa transmissão e 29 são considerados prioritários.
Fortaleza apresenta “transmissão muito intensa”; Barbalha, Caucaia, Itapipoca e
Juazeiro do Norte têm “transmissão alta”; e outras 24 cidades registram
“transmissão média”.
Desde 2017, o Ceará vem apresentando redução no número de
óbitos.
2016 - 25 óbitos
2017 - 38 óbitos
2018 - 25 óbitos
2019 - 19 óbitos
Transmissão
A transmissão ao homem ocorre pela picada de fêmeas do
inseto infectado, conhecido popularmente como mosquito-palha (Lutzomyia
longipalpis), que está “presente em todos os municípios do Estado”, segundo a
Sesa. De modo geral, o inseto tem contato com cães ou outros animais que contêm
o protozoário Leishmania chagasi e depois transmitem ao homem. Na área urbana,
o cão é a principal fonte de infecção, o que acende o alerta para os cuidados
com os casos de LV Canina (LVC), que sofreu expansão entre 2018 e 2019.
Fonte:
G1 CE
Tags:
Saúde
